Piscicultura em crescimento
Publicado em 13 de junho de 2011
O PECNordeste vai tratar temas importantes no sentido de alavancar o setor de pesca e aquicultura no Ceará
Crateús "O ambiente é favorável em todos os aspectos. Temos linhas de crédito, condições climáticas propícias, reservatórios e implementos para o crescimento do setor". Esta é a visão do presidente da Associação Cearense de Aquicultores (Aceaq), Camilo Diógenes, sobre a implantação de projetos de piscicultura nos açudes do Estado do Ceará.
Para ele, a piscicultura poderia avançar ainda mais. "O Ceará é o maior produtor de tilápia do País, com produção de 25 mil toneladas/ ano, mas poderíamos produzir cerca de 20 vezes mais, estamos muito aquém do nosso potencial", esclarece. Diógenes defende que para o pleno aproveitamento do potencial hídrico cearense no desenvolvimento da produção, se faz necessários estudos e conhecimento dos reservatórios por parte dos órgãos públicos ambientais. Para ele, o mercado cearense justifica o investimento em pesquisas. "O mercado é aquecido, somos o maior consumidor de tilápia do Brasil e o terceiro maior em consumo de pescado". Estes e outros desafios do setor, que movimenta a economia do Estado serão debatidos no PECNordeste. "Será oportunidade de evidenciar as questões do setor, já que é o maior evento de agronegócios do Estado e trataremos de temas importantes no sentido de alavancar o setor da pesca e aquicultura", diz o técnico da Secretaria Estadual de Pesca e Aquicultura e coordenador deste setor no evento, Osvaldo Segundo.
Segundo a Associação, esses desafios não afetam o otimismo dos produtores setor, que tem uma grande expectativa e no desenvolvimento da atividade neste e nos próximos anos. "Estamos otimistas e com boas expectativas, pois as condições são favoráveis, ainda mais com a criação da Secretaria da Pesca. Esperamos que a ação dela ajude a desburocratização", diz. Caucaia, Aquiraz, Pacajus e Aracoiaba e o Vale do Curu (Pentecoste, Jaibaras e General Sampaio) são as maiores produtoras de tilápia no Estado, ao lado das regiões do Castanhão e Orós, segundo a Associação. "Nos últimos cinco anos, o Castanhão e o Orós tem se destacado devido aos próprios reservatórios, que são os maiores do Estado e ainda há muito a ser explorado nessas duas regiões. A tendência é que a produção na área metropolitana diminua, com os produtores investindo nestas outras duas grandes áreas", diz Diógenes. Cita regiões do Banabuiú e Riacho do Sangue como áreas ainda pouco exploradas.
"A nossa meta é aproveitar melhor os recursos hídricos que temos", diz Osvaldo, confirmando que realmente o Ceará tem potencial para aumentar a produção de peixes. Ele atribui o comprometimento da produção a fatores climáticos e desequilíbrio nas espécies de peixes comprometem a produção. Uma das estratégias, segundo ele, é o peixamento dos açudes com maior número de espécies. "Precisamos manter e aumentar a produção da tilápia, bem como abrir o leque para espécies regionais, como tambaqui, curimatã, carpa, entre outros". Defende o cultivo de peixes intensivo usando a água de maneira sustentável.
Levantamentos para obter as principais demandas do setor de aquicultura e pesca são feitos nos seminários regionais, para montar diagnóstico real. "Aproveitar o potencial e dinamizar o setor, tanto na área continental, quanto no mar são as nossas ações, que já estão sendo realizadas", garante Segundo. Cita que a Secretaria atua junto às entidades privadas e associações. "Tanto com a Associação dos Aquicultores quanto com a Associação de Criadores de Camarão a fim de fazer a interlocução, promover sustentabilidade, aumentar a produção e desenvolver o setor no Estado", afirma.
Camarão
A Associação Cearense de Criadores de Camarão (ACCC) elege a demora no licenciamento como dificuldade maior do setor. Mas aguarda melhorias com o trabalho da Secretaria. "Temos feito um trabalho junto aos órgãos ambientais e vemos uma sinalização de avanço no processo", analisa o presidente da entidade, Cristiano Maia. Refere-se à criação da Secretaria, da Câmara Intersetorial e da contratação de mais técnicos para órgãos ambientais.
Mesmo assim, o cultivo de camarão no Ceará também é rentável. É o Estado que mais produz camarão em cativeiro no Brasil. Segundo a ACCC, a produção em 2010 chegou a 32 mil toneladas, superando o Rio Grande do Norte, que era o maior produtor até 2009. Para este ano, a expectativa dos produtores é a melhor possível. "A perspectiva é de 20% de aumento na produção", diz Maia.
MAIS INFORMAÇÕES
Secretaria de Pesca e Aquicultura (SPA): (85) 3101.6371/
Associação Cearense de Aquicultores: Telefone: (85) 3272.9406
Crateús "O ambiente é favorável em todos os aspectos. Temos linhas de crédito, condições climáticas propícias, reservatórios e implementos para o crescimento do setor". Esta é a visão do presidente da Associação Cearense de Aquicultores (Aceaq), Camilo Diógenes, sobre a implantação de projetos de piscicultura nos açudes do Estado do Ceará.
Para ele, a piscicultura poderia avançar ainda mais. "O Ceará é o maior produtor de tilápia do País, com produção de 25 mil toneladas/ ano, mas poderíamos produzir cerca de 20 vezes mais, estamos muito aquém do nosso potencial", esclarece. Diógenes defende que para o pleno aproveitamento do potencial hídrico cearense no desenvolvimento da produção, se faz necessários estudos e conhecimento dos reservatórios por parte dos órgãos públicos ambientais. Para ele, o mercado cearense justifica o investimento em pesquisas. "O mercado é aquecido, somos o maior consumidor de tilápia do Brasil e o terceiro maior em consumo de pescado". Estes e outros desafios do setor, que movimenta a economia do Estado serão debatidos no PECNordeste. "Será oportunidade de evidenciar as questões do setor, já que é o maior evento de agronegócios do Estado e trataremos de temas importantes no sentido de alavancar o setor da pesca e aquicultura", diz o técnico da Secretaria Estadual de Pesca e Aquicultura e coordenador deste setor no evento, Osvaldo Segundo.
Segundo a Associação, esses desafios não afetam o otimismo dos produtores setor, que tem uma grande expectativa e no desenvolvimento da atividade neste e nos próximos anos. "Estamos otimistas e com boas expectativas, pois as condições são favoráveis, ainda mais com a criação da Secretaria da Pesca. Esperamos que a ação dela ajude a desburocratização", diz. Caucaia, Aquiraz, Pacajus e Aracoiaba e o Vale do Curu (Pentecoste, Jaibaras e General Sampaio) são as maiores produtoras de tilápia no Estado, ao lado das regiões do Castanhão e Orós, segundo a Associação. "Nos últimos cinco anos, o Castanhão e o Orós tem se destacado devido aos próprios reservatórios, que são os maiores do Estado e ainda há muito a ser explorado nessas duas regiões. A tendência é que a produção na área metropolitana diminua, com os produtores investindo nestas outras duas grandes áreas", diz Diógenes. Cita regiões do Banabuiú e Riacho do Sangue como áreas ainda pouco exploradas.
"A nossa meta é aproveitar melhor os recursos hídricos que temos", diz Osvaldo, confirmando que realmente o Ceará tem potencial para aumentar a produção de peixes. Ele atribui o comprometimento da produção a fatores climáticos e desequilíbrio nas espécies de peixes comprometem a produção. Uma das estratégias, segundo ele, é o peixamento dos açudes com maior número de espécies. "Precisamos manter e aumentar a produção da tilápia, bem como abrir o leque para espécies regionais, como tambaqui, curimatã, carpa, entre outros". Defende o cultivo de peixes intensivo usando a água de maneira sustentável.
Levantamentos para obter as principais demandas do setor de aquicultura e pesca são feitos nos seminários regionais, para montar diagnóstico real. "Aproveitar o potencial e dinamizar o setor, tanto na área continental, quanto no mar são as nossas ações, que já estão sendo realizadas", garante Segundo. Cita que a Secretaria atua junto às entidades privadas e associações. "Tanto com a Associação dos Aquicultores quanto com a Associação de Criadores de Camarão a fim de fazer a interlocução, promover sustentabilidade, aumentar a produção e desenvolver o setor no Estado", afirma.
Camarão
A Associação Cearense de Criadores de Camarão (ACCC) elege a demora no licenciamento como dificuldade maior do setor. Mas aguarda melhorias com o trabalho da Secretaria. "Temos feito um trabalho junto aos órgãos ambientais e vemos uma sinalização de avanço no processo", analisa o presidente da entidade, Cristiano Maia. Refere-se à criação da Secretaria, da Câmara Intersetorial e da contratação de mais técnicos para órgãos ambientais.
Mesmo assim, o cultivo de camarão no Ceará também é rentável. É o Estado que mais produz camarão em cativeiro no Brasil. Segundo a ACCC, a produção em 2010 chegou a 32 mil toneladas, superando o Rio Grande do Norte, que era o maior produtor até 2009. Para este ano, a expectativa dos produtores é a melhor possível. "A perspectiva é de 20% de aumento na produção", diz Maia.
MAIS INFORMAÇÕES
Secretaria de Pesca e Aquicultura (SPA): (85) 3101.6371/
Associação Cearense de Aquicultores: Telefone: (85) 3272.9406
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