terça-feira, 24 de maio de 2011

Ministra sugere tanques de pesca no lugar de pastagens degradadas

Da Redação

A ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, que cumpre agenda desde ontem em Mato Grosso do Sul, sugeriu ontem à tarde, em entrevista na Governadoria, a escavação de tanques aquáticos no lugar de pastagens degradadas pelo gado como estímulo à piscicultura no Estado.
Salvatti fez a sugestão como forma de aproveitar as áreas e destacou o potencial e a diversidade de peixes em Mato Grosso do Sul. “O Estado tem um enorme potencial, em área, pesquisa e espécies. Há muita água para aproveitar”, disse.
Em Mato Grosso do Sul são três parques aquáticos: Jupiá, Porto Primavera e Ilha Solteira. Com a produção dividida entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, a reivindicação da ministra foi que o governo do Estado crie legislação específica para que os recursos gerados por meio desta economia contemplem as duas federações.
O projeto destacado por Ideli é o da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, em São Paulo, na bacia do Rio Paraná, mas que contempla Mato Grosso do Sul e Minais Gerais, conforme ela. A área é destinada para instalar tanques redes, destinados a engorda de peixes.
“Mato Grosso do Sul, que produz 20 mil toneladas por ano, pode produzir 200 mil”, vislumbrou.
Outro ponto defendido pela ministra para MS é uma política de isenção tributária para pequenos produtores de peixes. Após conversa com o governador, ela afirmou que acredita ser possível que a legislação estadual seja modificada para contemplar o pedido. Além disso, reivindicou a agilidade na liberação das licenças ambientais para este segmento.
Depois de se reunir com Puccinelli por cerca de uma hora, a portas fechadas, Ideli diz que deixou o encontro otimista com a recepção do governador sobre a criação de um possível departamento ou até Secretaria Estadual de Pesca para atender a diversidade, sobretudo, por conta do Pantanal.
Ideli comentou ainda que discutiu com André sobre a relação entre crescimento da produção de espécies no Pantanal e o turismo ecológico sustentável. “Também queremos que ocorra aqui uma boa convivência entre a pesca profissional e a pesca turística amadora, sempre atentos para não prejudicar o meio ambiente”, frisou.
Ela citou exemplos de iniciativas executadas no Norte do País como limitações de pesca em determinados períodos e rios, além da piracema, para preservar a reprodução de peixes.
Fonte: Campograndenews

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