Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (12/05) pelo Ministério de Agricultura., as exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 7,9 bilhões em abril. Isso representa um incremento de 24,4% em comparação ao mesmo mês de 2010.
No acumulado do ano, a balança comercial o agronegócio brasileiro registrou US$ 81,3 bilhões, um aumento de 20,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Por conta desse desempenho, o superávit comercial também subiu e alcançou os US$ 66,6 bilhões.
Na contramão dessa tendência comercial dos produtos agrícolas encontramos o pescado brasileiro. Isso mesmo. Compramos mais o peixe “deles” do que vendemos o “nosso” para eles.
Segundo dados publicados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, através do AliceWeb, observando os volumes e valores das exportações e importações de pescado no Brasil, chegamos a conclusão do indicativo e considerável déficit da balança comercial de pescado do Brasil. Países como China, Argentina, Noruega, Vietnam, Uruguai e Portugal engordam os cardápios brasileiros com seus produtos provenientes do pescado.
Os mais nacionalistas devem pensar: Como um país que tem 8.500 Km de costa com uma Zona Econômica Exclusiva de 4,5 milhões de Km2 de áreas passíveis para atividades da pesca e da maricultura, além de contar com 5 milhões de hectares de águas represadas com 13,3% da água doce disponível do mundo e ótimas condições climáticas a produção de espécies tropicais durante o ano inteiro; Pode comer tanto peixe dos “outros”?…
Indiscutivelmente esse será o grande desafio que tanto entes públicos como o Ministério da Pesca e Aquicultura e suas Superintendências Regionais, quanto entes privados como os setores produtivos da aquicultura e pesca deverão enfrentar nos próximos anos com a demanda crescente e cada vez mais voraz do mercado nacional e internacional de pescado.
Essa ação articulada e integrada entre todas as esferas sejam elas públicas ou privadas deve promover resultados no intuito de reduzirmos essas distorções e colocar o Brasil num cenário de produção de pescado que caracterize melhor suas potencialidades ainda adormecidas, e alterar esse cenário distante da realidade de outros países que enxergam no pescado, um setor estratégico de suas economias.
Fontes utilizadas:
Site MDIC: AliceWeb, Abril – 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário