sábado, 30 de abril de 2011

Instituto Federal do Ceará avança no Litoral do Ceará nas Áreas de Aquicultura e Pesca…

Criar um modelo institucional com uma proposta político-pedagógica inovadora e dedicada, especialmente, à educação profissional e tecnológica atuando diretamente nas demandas da sociedade brasileira foi o principal objetivo do Ministério da Educação durante a formatação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia – IFs. Por todo o Brasil essa política educacional vem sendo implantada com sucesso, e no Estado do Ceará, através do processo de interiorização dessas unidades de ensino, chega ao Litoral do Ceará, mais precisamente nos municípios de Aracati, Acaraú e Camocim para atuar em várias áreas, em especial, nos segmentos de Aquicultura e Pesca.
Apesar de se apresentarem como setores consolidados e de notório reconhecimento, a aquicultura e a pesca no litoral cearense têm se mostrado atividades dinâmicas e sensíveis às mudanças ocorridas nos últimos tempos, no que diz respeito, à sua profissionalização, bem como a busca por soluções práticas e procedimentos adequados com vistas ao desenvolvimento baseado não só em questões econômicas, mas, principalmente, nas questões sociais e ambientais.
 Essa busca por uma solução que necessitamos impor, a esses importantes segmentos, através da equação: “Desenvolvimento Econômico + Equidade Social + Prudência Ecológica = Sustentabilidade”, além da consciência dos atores envolvidos, passa, obrigatoriamente, pela profissionalização desses setores através disponibilidade de mão-de-obra capacitada para aplicar na prática as novas tendências tecnológicas, bem como os procedimentos técnicos mais seguros com o intuito de desenvolver a aquicultura e a pesca no litoral cearense de uma maneira tanto sustentada quanto continuada.
 
A atuação do Instituto Federal do Ceará (IFCE) nesses segmentos através dos cursos de “Técnico Subseqüente em Aquicultura” e “Técnico Subseqüente em Pesca”, além de atuar na formação de mão-de-obra especializada para legitimar essa função essencial; contará com a interação e articulação entre essa Unidade de Ensino e setores produtivos aquícola e pesqueiro, bem como as organizações sociais e suas comunidades que trabalham e dependem diretamente desses setores criando um mecanismo local de agregação com o intuito de identificar os problemas ligados a aquicultura e pesca dessa região, e, por conseguinte, criar, conjuntamente, soluções técnicas e tecnológicas, respeitando as especificidades locais para o desenvolvimento sustentável regional.
 Diante do exposto, espera-se que a sintonia entre IFCE, através de seus professores e alunos, e os setores produtivos e organizações sociais ligados à aquicultura e a pesca do litoral do Estado do Ceará seja cada vez mais breve e eficiente para que possamos otimizar o processo único de desenvolvimento econômico, social e ambiental para beneficiar todos aqueles que direta ou indiretamente fazem dos setores aquícola e pesqueiro, seus objetivos de vida.
Fontes utilizadas:

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Feap piscicultura aqui você tem financiamento para piscicultura

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A Piscicultura e a Qualidade de Água nos Açudes Cearenses

Hoje pela manhã, foi realizado no auditório do SEBRAE/CE, através do AGROPACTO, evento promovido pela Federação de Agricultura do Ceará (FAEC), um debate sobre a pesquisa que foi realizada pelo Instituto Centec para a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), para dar respaldo técnico-científico de aspectos ambientais para a ampliação da produção de pescado nos açudes cearenses.
A apresentação foi realizada pela Profa. Dra. Jeanete Koch do Instituto CENTEC e identificou os parâmetros físico-químicos de quatro reservatórios do Ceará – Castanhão, Orós e Banabuiú, os três maiores, e Riacho do Sangue -, que correspondem a 64% do volume de água dos 118 açudes com potencial para piscicultura no Estado.
O estudo é extremamente oportuno no sentido de trazer para o debate, informações técnicas sobre a qualidade de água dos açudes cearenses, ficando constatado na pesquisa que, considerando os indicadores de qualidade de água observados, a ampliação da produção de pescado é algo viável e sustentável.
Ainda sobre o tema, o coordenador de Cadeias Produtivas de Aquicultura e Pesca da Adece, Pedro Henrique Lopes, informou ao BLOG O PEIXE que a ADECE pretende buscar parceiros para que o estudo possa ter uma frequência temporal maior, e que tais informações sejam utilizadas pelos órgãos gestores no sentido de esclarecer com base em parâmetros técnico-científicos os regulamentos de controle sobre a atividade.
Nota do Blogger: É importante que o público em geral busque sempre informações de qualidade e que tenham embasamento técnico-científico para opinar sobre possíveis impactos ambientais de determinada atividade econômica. A pesquisa realizada pela equipe da Profa. Dra. Jeanete Koch deixa um legado de informações técnicas interessantes para que todos aqueles que tenham dúvidas sobre temas polêmicos como eutrofização dos açudes cearenses, entre outros, que busquem previamente essas informações para idealizarmos um debate mais aprofundando e com mais retidão e menos amadorismo..
Fontes utilizadas:
Foto incial do post: http://revistagloborural.globo.com
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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Tilápia para matar a fome do mundo

A tilápia é um peixe de água doce de origem africana, que foi introduzido no Brasil na década de 50. Existem diversas espécies de tilápia, mas a que melhor se adaptou ao Brasil foi a tilápia-do-nilo (Oreochromis Niloticus), que pode pesar até cinco quilos. Esta espécie de tilápia foi um dos primeiros peixes a serem criados em aquicultura pelos antigos egípcios, a 4.000 anos. A tilápia é hoje o peixe mais criado do mundo. Isso ocorre porque é um peixe adaptável, se reproduz facilmente, cresce rapidamente, e tem uma baixa taxa de conversão alimentar: enquanto os demais peixes tem a taxa de 1,6, a tilápia tem 1,3 (para se obter um quilo de peso, a tilápia consome 1,3 kg de ração).
As facilidades para a criação da tilápia, acabaram disseminando o peixe na aquicultura de subsistência, e nos populares pesque-pagues do interior do Brasil. Mas isso acabou “queimando” a imagem do peixe, pois como não são utilizadas técnicas apropriadas, o peixe fica com o conhecido “gosto de terra”, porque ele acaba se alimentando de lodo e algas. A tilápia criada em cativeiro, alimentada com ração, não tem esse “gosto de terra”, tem uma carne branca de sabor suave, tem baixo teor de gordura, alto valor proteico e contem ômega 6, e é muito versátil na cozinha (pode ser frita, cozida, assada, crua...). Por isso é um produto muito valorizado no mundo, principalmente nos Estados Unidos, onde seu alto consumo, continua crescendo (US$ 51 milhões em 2000 e US$ 162 milhões em 2005). Isso tem levado grandes empresas de aquicultura no Brasil a voltar os olhos para esse peixe.

A tilápia é uma grande alternativa para resolver o problema de escassez de peixes nos mares, causada pela pesca predatória. Além disso pode trazer grandes benefícios sócio econômicos, gerando emprego e renda. O Ceará é o maior produtor de tilápia do Brasil, com 30 mil toneladas por ano, e tem potencial para produzir pelo menos 10 vezes mais. Já são mais de 500 produtores, mas o potencial do mercado viabiliza a entrada de muito mais. O Açude do Castanhão, no município de Nova Jaguaribara, recebeu do Governo Federal a instalação de um parque aquícola, com potencial de produção de 32 mil toneladas do pescado. É um orgulho ver o Ceará contribuindo com a alimentação mundial!!!

domingo, 24 de abril de 2011

manual de criacão de peixes em tanques rede-2010. livros PDF

ALE/RO normatiza atividade pesqueira no Estado proibindo a pesca predatória


Lei aprovada pela ALE/RO acaba com a utilização de equipamentos e técnicas predatórias na pesca na bacia hidrográfica do Guaporé, e restringe para 70 quilos por semana para a pesca profissional
Os deputados estaduais deliberaram e aprovaram o projeto de lei 037/2011, que define as novas regras para a pesca na bacia hidrográfica do Rio Guaporé, estabelecendo as diretrizes da política estadual e o ordenamento do setor pesqueiro, a chamada Lei da Pesca, na sessão itinerante em Cacoal na quarta-feira (20).

De acordo com a novo ordenamento, fica limitada a quantidade de pescado para a pesca profissional desde a foz do Rio Cabixi até a foz do Rio São Miguel do Mamoré. O objetivo da lei é proteger a fauna e a flora aquática, incluindo também os berçários indígenas Massaco e Rio Branco e a área da Fazenda Pau D’óleo.

Pelas nova legislação serão permitidos aos pescadores profissionais apenas setenta quilos de peixe por semana, uma matriz para a pesca amadora e cinco quilos por dia para a pesca artesanal praticada por ribeirinhos para o sustento de suas famílias. A lei tem por objetivo acabar com a pesca predatória, uma vez que proíbe a utilização de todo tipo de apetrechos e técnicas consideradas predatórias, como redes, malhadeiras, espinhel, arpão, tarrafas, substâncias tóxicas, técnicas de arrasto de qualquer natureza, entre outros. Na prática a pesca só será tolerada com a utilização de linhadas, varas, molinetes às margens dos rios – a pesca amadora, turística/esportiva e de subsistência.

O presidente Valter Araújo (PTB), favorável a aprovação da lei, defendeu a medida justificando que somente com a restrição será possível o repovoamento dos rios para atrair turistas e incrementar o turismo pesqueiro. “Da forma que está em poucos anos não teríamos condições de sequer garantir uma quantidade de 70 quilos por pescador profissional, uma vez que as técnicas e os equipamentos utilizados pela pesca predatória está acabando com a fauna aquática da bacia hidrográfica do Guaporé”, disse o presidente. Foi o entendimento da maioria dos deputados estaduais. Contrários à lei os deputados Euripedes Lebrão (PTN), Jesualdo Pires (PSB) e Adelino Follador (DEM).

O deputado Luizinho Goebel (PV), também favorável a lei, disse que não se trata de acabar com a pesca, mas regulamentá-la para garantir o futuro dos pescadores e ribeirinhos. O deputado Luiz Cláudio lembrou que o Pantanal mato-grossense é hoje um grande pólo turístico e econômico graças a leis que protegem a fauna aquática. O deputado Valdivino Tucura também se posicionou favorável a lei dizendo que pescadores do Mato Grosso acabam vindo à Rondônia pescar, uma vez que no vizinho Estado a pesca é restrita e em Rondônia eles podem pescar a vontade, praticando a pesca predatória e provocando a morte e despovoamento dos rios do Estado, inapelavelmente.

O deputado Valter Araújo lembrou também que várias medidas já foram discutidas com o governo do Estado para serem implantadas junto aos municípios e comunidades localizadas ao longo da bacia do Guaporé para garantir alternativas econômicas para as populações ribeirinhas e pescadores, como é o caso da implantação de tanques para a criação de peixes, programas de capacitação por intermédio da Escola do Legislativo para o incremento do turismo por mão de obra da região, entre outras ações no setor turístico. Para o deputado essas medidas vão garantir não apenas uma alternativa de renda aos pescadores e ribeirinhos, mas uma oportunidade de aumentarem seus ganhos e proporcionarem uma vida melhor para suas famílias.


Autor: Assessoria

piscicultura em tanque rede tilapia gift

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piscicultura união

sexta-feira, 22 de abril de 2011

MG: programa do governo de Minas já beneficia 15 mil produtores de peixes



Com uma das maiores lâminas d’água doce do país e clima ameno, Minas Gerais tem capacidade para se tornar um dos maiores produtores de peixe no país. Atento a esse potencial, o Governo do Estado, através da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), já atende cerca de 15 mil piscicultores, em uma área de 2,7 mil hectares de lâmina d’água.
Mas ainda é pouco se considerado o potencial de mercado para o produto. De acordo com o coordenador de Pequenos Animais da Emater, Dirceu Alves Ferreira, o consumo de carne de peixe em Belo Horizonte é de 400 gramas por habitante por ano. E no interior de Minas, menor ainda: 100 gramas per capita/ano. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que cada pessoa deva consumir 12 quilos de pescado em 12 meses.
Mesmo com o baixo consumo, Minas Gerais ainda está longe de ser autossuficiente. Segundo dados do Ministério da Pesca, o Estado produziu cerca de 9,9 mil toneladas em 2010. “Minas é grande importador de pescado, principalmente surubim do Uruguai e merluza da Argentina, além de salmão do Chile. Consumimos também muito peixe da região Norte, como pacu, pintado, dourado e outros”, afirma Dirceu Ferreira.
Para quem quiser investir na criação de peixes em cativeiro, o coordenador da Emater é otimista, visto que a atividade tem baixo custo inicial e boa lucratividade. Ele cita como exemplo a tilápia, um dos peixes mais produzidos tanto em tanques-rede quanto em viveiros escavados. “Em quatro metros quadrados, podem ser produzidos 1,2 mil quilos de peixe por ano, com rendimento aproximado de R$ 9.600,00. O custo de produção é de aproximadamente R$ 5.600,00, incluindo o tanque, os alevinos e os insumos para produção, no período. E cada tanque tem durabilidade de cinco anos”.
Dirceu Alves ressalta, entretanto, que a atividade exige cuidados constantes por parte dos produtores. Por isso, o Governo de Minas oferece, através da Seapa e da Emater, capacitação para piscicultores em várias regiões do Estado. “A qualidade da água precisa ser monitorada diariamente para que esteja sempre em condições ideais para o desenvolvimento das espécies.
Além disso, quinzenalmente é feita a análise do crescimento dos peixes e os ajustes na quantidade de ração. A piscicultura em cativeiro é uma atividade aparentemente simples, mas envolve acompanhamento diário para ser bem-sucedida”, ressalta Dirceu Ferreira.
O coordenador da Emater ainda diz que o momento é promissor para o desenvolvimento da criação de peixes em cativeiro, com a expansão de criatórios de alevinos (filhotes) com boa carga genética, além da instalação em Minas de empresas produtoras de ração de qualidade.
Além da assistência técnica para os produtores interessados em iniciar na atividade, a Emater também executa um projeto de incentivo à piscicultura dentro do Programa Minas Sem Fome, projeto estruturador do Governo do Estado de combate à pobreza com ações produtivas no meio rural. Desde 2007, já foram beneficiadas diretamente 1,3 mil pessoas carentes com a implantação dos tanques-rede, que garantem carne de peixe para os produtores e suas famílias, além de renda extra com a venda do excedente.
“Os projetos são sustentáveis, ou seja, uma vez que a família é incluída no programa ela tem condições de garantir seu próprio alimento e ainda gerar renda para dar continuidade à produção. E todos os projetos têm licenciamento ambiental”, assegura Dirceu Ferreira.
Para viabilizar o incremento da piscicultura através do Programa Minas Sem Fome, a Emater faz a doação dos tanques e de parte da ração para a criação de tilápias. Além disso, as famílias beneficiadas pelo programa têm acesso à tecnologia para a implantação dos equipamentos, povoamento dos tanques com os alevinos (filhotes) e acompanhamento da produção até a despesca (retirada dos peixes no ponto de consumo), que ocorre a cada seis meses. Os alevinos e parte da ração necessária para o desenvolvimento dos peixes são obtidos por meio de parcerias com as prefeituras municipais e com recursos dos produtores.
Todas as ações do Programa Minas Sem Fome são desenvolvidas por meio de associações ou cooperativas formalmente instituídas, formadas por produtores rurais de baixa renda. Os projetos são avaliados com base em critérios de adequação às regras do programa e de viabilidade técnica.
Fonte: Governo de Minas Gerais

Brasil Via Web - Site de busca de empresas e serviços

Brasil Via Web - Site de busca de empresas e serviços

quarta-feira, 20 de abril de 2011

PROGRAMA DE ANÁLISE DE PRODUTOS - RELATÓRIO SOBRE ANÁLISE DE GORDURA E COLESTEROL EM PEIXES - INMETRO


8
Serviço Público Federal
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
INMETRO
PROGRAMA DE ANÁLISE DE PRODUTOS
RELATÓRIO SOBRE ANÁLISE DE GORDURA E COLESTEROL
EM PEIXES
Divisão de Orientação e Incentivo à Qualidade - Diviq
Diretoria da Qualidade - Dqual
Inmetro2
ÍNDICE
 1.   Apresentação____________________________________________________________  pág.03
 2.   Justificativa_____________________________________________________________   pág.03
 3.   Documentos de Referência_________________________________________________  pág.05
 4.   Laboratório responsável pelos ensaios _______________________________________  pág.06
 5.  Amostras Analisadas ______________________________________________________ pág.06
 6.   Ensaios Realizados  _______________________________________________________ pág.09
 7.   Resultado Geral __________________________________________________________ pág.10
 8.   Discussão dos Resultados __________________________________________________ pág.13
 9.  Informações ao Consumidor________________________________________________ pág.24
 10. Posicionamento do Especialista _____________________________________________ pág.26
 11. Agradecimentos__________________________________________________________ pág.27
 12. Contatos Úteis ___________________________________________________________  pág.27
 13. Conclusões______________________________________________________________ pág.273
1. APRESENTAÇÃO
O Programa de Análise de Produtos, coordenado pela Diretoria da Qualidade do Inmetro, foi
criado em 1995, sendo um desdobramento do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP.
Um dos subprogramas do PBQP, denominado Conscientização e Motivação para a Qualidade e
Produtividade, refletia a necessidade de criar uma cultura voltada para orientação e incentivo à Qualidade
no país, e tinha a função de promover a educação do consumidor e a conscientização dos diferentes
setores da sociedade.
Nesse contexto, o Programa de Análise de Produtos tem como objetivos principais:
a) informar o consumidor brasileiro sobre a adequação de produtos e serviços aos critérios
estabelecidos em normas e regulamentos técnicos, contribuindo para que ele faça escolhas
melhor fundamentadas em suas decisões de compra ao levar em consideração outros atributos
além do preço e, por conseqüência, torná-lo parte integrante do processo de melhoria da
indústria nacional;
b) fornecer subsídios para o aumento da competitividade da indústria nacional;
A seleção de produtos e serviços para análise tem origem nas sugestões, reclamações e denúncias
de consumidores que entraram em contato com a Ouvidoria do Inmetro
1
, ou através do  link “Indique!
Sugestão para o Programa de Análise de Produtos”
2
, disponível na página do Instituto na internet.
Outras fontes são utilizadas, como demandas do setor produtivo e dos órgãos reguladores, além de
notícias sobre acidentes de consumo encontradas em páginas da imprensa dedicadas à proteção do
consumidor ou através do  link “Acidentes de Consumo: Relate seu caso”
3
disponibilizado no site do
Inmetro.
Deve ser destacado que as análises não têm caráter de fiscalização e que esses ensaios não se
destinam à aprovação de produtos ou serviços. O fato de um produto ou serviço analisado estar ou não de
acordo com as especificações contidas em regulamentos e normas técnicas indica uma tendência em
termos de qualidade. Sendo assim, as análises têm caráter pontual, ou seja, são uma “fotografia” da
realidade, pois retratam a situação naquele período em que as mesmas são conduzidas.
Ao longo de sua atuação, o Programa de Análise de Produtos estimulou a adoção de diversas
medidas de melhoria. Como exemplos, podem ser citados a criação e revisão de normas e regulamentos
técnicos, programas de qualidade implementados pelo setor produtivo analisado, ações de fiscalização
dos órgãos regulamentadores e a criação, por parte do Inmetro, de programas de certificação compulsória,
bem como a certificação de produtos a partir de solicitações de empresas que foram analisadas e
identificaram esta alternativa, que representa uma forma de melhorar a qualidade do que é oferecido ao
consumidor e também um diferencial em relação a seus concorrentes.
2. JUSTIFICATIVA
A  carne branca, a  textura macia, a leveza e o sabor  diferenciado  fazem do peixe um alimento
irresistível à mesa dos brasileiros, independente do tipo de preparo (refogado, frito ou grelhado).
Fonte abundante de proteína de alto valor biológico, de vitaminas (A, D, E), do complexo B e de
minerais como o cálcio, o fósforo e o ferro, sua fração lipídica contêm ainda ácidos graxos
                                              
1
Ouvidoria do Inmetro: 0800-285-1818; ouvidoria@inmetro.gov.br
2
Indique! Sugestão para o Programa de Análise de Produtos: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/formContato.asp
3
Acidentes de Consumo: Relate seu caso: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/acidente_consumo.asp4
poliinsaturados da família Ômega 3, sendo por isso o seu consumo associado a uma alimentação saudável
e, amplamente recomendado por médicos e nutricionistas.
Estudos têm demonstrado, adicionalmente, que alguns tipos de ácidos graxos essenciais (Ômega 3
e  Ômega 6), presentes nas gorduras insaturadas, são fatores de proteção à saúde e que o  consumo
freqüente de alimentos ricos em  ácidos graxos  Ômega 3,  presentes principalmente nos peixes, está
associado a redução dos riscos de doenças cardiovasculares, de alguns tipos de câncer, bem como no
tratamento de doenças inflamatórias como a artrite inflamatória.
4
Pesquisa conduzida pelo  Nurse's Health Study (Estudo da Saúde de Enfermeiras Americanas),
realizado com 85 mil mulheres, evidenciou que o consumo de duas a quatro porções de peixe por semana
reduziu em 1/3 o risco de doenças cardíacas. Mesmo aquelas que consumiam peixe apenas de uma a três
vezes por mês  apresentaram benefícios. Como resultado dessa pesquisa, a  American Heart Association
passou a recomendar o consumo de duas porções de peixe por semana
5
.
A criação de peixes, ou piscicultura, por sua vez, é uma atividade pecuária e zootécnica das mais
antigas, praticada por povos milenares, como os chineses, bem antes de Cristo. Relatos evidenciam que os
povos do antigo Egito já desenvolviam criações de peixes desde o ano 2.500 a.C. No Brasil, entretanto, a
prática comercial da piscicultura só ocorreu no início do século XX e vem se desenvolvendo cada vez
mais, por possuir mão-de-obra abundante e uma crescente demanda por pescado.
Dados recentes do Ministério da Pesca e Aquicultura - MPA apontam um aumento no consumo de
pescado per capita no país. O crescimento de 6,46 kg para 9,03 kg por habitante/ano entre 2003 e 2009,
representa um aumento de 40 % nos últimos sete anos. Somente entre 2008 e 2009, esse aumento chegou
a 8% com um volume total consumido pela população brasileira saindo de 1,5 milhão de toneladas para
1,7 milhão de toneladas
6
 .
Gráfico 1 – Consumo Per Capita Aparente de Pescado no Brasil entre 1996-2009,
Ministério da Pesca e Aqüicultura  - MPA.
Os dados revelam ainda que 96% da produção nacional em 2009 foi comercializada no mercado
interno e consumida pelos brasileiros e que apenas 4% dos produtos foram destinados à exportação.
Além disso,  conforme demonstra o gráfico a seguir,  entre 2006 e 2009, observou-se uma
estabilidade na proporção entre o consumo de produtos nacionais e importados, com 69% para produtos
nacionais e 31% para os importados.
                                              
4
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf
5
http://www.abafrio.pt/_docs/os%20beneficios%20do%20peixe.pdf
6
Ministério da Pesca e Aquicultura - Consumo Per Capita Aparente de Pescado no Brasil 1996-2009 – Disponível em
5
Gráfico 2 – Origem do Pescado Consumido no Brasil, Ministério da Pesca e Aqüicultura  - MPA.
O aumento observado no consumo de peixes pela população brasileira  é benéfico, já que a
Organização Mundial de Saúde  - OMS recomenda que o consumo de pescado por pessoa seja de 12
kg/ano. Porém, como o consumo no Brasil ainda é menor do que o recomendado, o Ministério da Pesca e
Aqüicultura lançou uma campanha para incentivar o consumo de peixe pelos brasileiros.
No entanto, o modo de preparo e  o tipo do peixe podem influenciar diretamente no seu teor de
gordura e colesterol. Nesse contexto, diante da necessidade de prestar informações úteis aos
consumidores, diferenciando os alimentos que podem conter maiores teores de gordura e colesterol e,
conseqüentemente, oferecer riscos à sua saúde e, buscando ser um instrumento motivador para a adoção
de políticas públicas preventivas, que visem à reeducação alimentar dos brasileiros, o Inmetro resolveu
analisar diferentes tipos de peixes, em diferentes tipos de preparo, a fim de verificar os teores de gordura
e colesterol, especialmente na semana santa, época do ano em que o consumo de peixes pelos brasileiros
aumenta consideravelmente.
Este relatório apresenta as principais etapas da análise, a descrição dos ensaios, os resultados e a
conclusão do Inmetro sobre o assunto.
3. NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Composição em ácidos graxos:
 FIRESTONE, D. (Ed.). Official methods and recommended practices of the American Oil Chemists
Society. 5th ed. Rev. Champaign: AOCS. 2007. Met. Ce 1e-91, Ce 1f-96, Ce 1-62. Current through
Revision 1, 2008;
 HORWITZ, W. (Ed.). Official methods of analysis of Association of Official Analytical Chemists.
18th ed. Gaithersburg, Maryland: AOAC. 2005. Cap. 41, met. 996.06, p. 20. Current through
Revision 1, 2006;
 HARTMAN, L.; LAGO, R.C.A. Rapid preparation of fatty acid methyl esters from lipids.  Lab.
Practice, v. 22, n. 8, p. 475-476, 1973;
 Food Standard Agency. Mc. Cance and Widdowson’s The composition of Foods, Sixth Summary
Edition. Cambridge: 2002, Royal Society of Chemistry. 537 p. 6
Lipídios:
 HORWITZ, W. (Ed.).  Official methods of analysis of Association of Official Analytical Chemists.
18th ed. Gaithersburg, Maryland: AOAC. 2005. Current through Revision 1, 2006. Cap. 35, Met.
948.15, p. 11.
Colesterol:
 MAZALLI, M.R.; SALDANHA, T.; BRAGAGNOLO, N. Determinação de colesterol em ovos:
comparação entre um método enzimático e um método por cromatografia líquida de alta eficiência.
Revista do IAL, v.62 n.1, p 49-54;
 SCHMARR, H; GROSS, H. B: SHIBAMOTO, T. Analysis of polar cholesterol oxidation products;
evaluation of a new method involving trasesterification, solid phase extraction, gas chromatography.
J. Agric. Food Chem. 44, p. 512-517, 1996.
 Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, do Ministério da Justiça  - Código de Proteção e Defesa do
Consumidor.
4. LABORATÓRIO RESPONSÁVEL PELOS ENSAIOS
O  Inmetro selecionou, para  a  realização dos ensaios em amostras de  peixes,  o Laboratório de
Bromatologia do CCQA  – Centro de Ciência e Qualidade de Alimentos do Instituto de Tecnologia de
Alimentos – ITAL, localizado em Campinas/SP.
O ITAL é uma Instituição de pesquisa e desenvolvimento, pertencente à Secretaria de Agricultura
e Abastecimento do Estado de São Paulo que também trabalha com inovação, assistência tecnológica e
difusão do conhecimento técnico-científico e tradicionalmente realiza análises físico-químicas, tendo
inclusive participado das análises que geraram os dados da Tabela de Composição dos Alimentos  -
TACO
7
, sendo considerada uma unidade de referência na área de alimentos.
5. AMOSTRAS ANALISADAS
A análise de teor de gordura e colesterol em peixes teve como objetivo evidenciar a influência do
preparo  (refogado, frito e grelhado) no teor  de gordura e colesterol  encontrado  nesses alimentos,
convidando os consumidores à adoção de práticas mais saudáveis.
Dessa forma, não foi realizada pesquisa de mercado pela Rede Brasileira de Metrologia Legal e
Qualidade  – RBMLQ, mas  sim  uma pesquisa  pelos tipos de peixes mais consumidos  em diferentes
regiões brasileiras, de forma a dar mais representatividade à análise.
Foram adquiridos pelo Inmetro e pelo Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo  – IPEM/SP, 9
(nove) tipos de peixes, em posta e filé, na quantidade mínima de 300g/porção.
A fim de obter dados mais consistentes, optou-se por uma amostragem mínima de 03 (três) peixes
por tipo, sendo que todas as amostras foram cortadas de uma mesma parte do peixe.
Todos os preparos dos peixes foram realizados  pelo Centro de Tecnologia de Carnes  – CTC, do
Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL, seguindo um protocolo padronizado.
Os peixes foram  categorizados como “água doce”, “alto mar” ou “costa”. Essa categorização
determinou os tipos de preparo, que ocorreram, a depender do peixe, da seguinte maneira:
                                              
7
www.unicamp.br/nepa/taco/.7
 Porções fritas: preparadas pelo laboratório nas versões “frito em óleo de soja” e “frito em
azeite refinado e extra-virgem”;
 Porções refogadas: preparadas pelo laboratório nas versões “refogado sem adição  de
óleo”, “refogado com adição de óleo de soja”, “refogado com adição de azeite refinado e
extra-virgem” e “refogado com adição de manteiga”;
 Porções grelhadas:  preparadas pelo laboratório sem adição de nenhum ingrediente ao
alimento.
Para efeito de metodologia, considerou-se:
 Refogado: o preparo do peixe junto ao caldo na panela, sendo que, na coleta, o líquido de
cocção foi incorporado;
 Frito: o preparo do peixe por imersão em óleo ou azeite;
 Grelhado: o preparo da carne em grelha ou chapa inclinada,  na qual ocorreu a separação
do caldo durante o preparo.
A tabela 1 abaixo apresenta a descrição das amostras de peixes preparadas pelo laboratório.
Tabela 1 – Amostras analisadas
Peixe Tipo  Preparo Corte
Pirarucu
Água
doce
grelhado grelhado posta
refogado
sem adição de óleo
filé
com adição de óleo
com adição de azeite refinado
com adição de azeite extra-virgem
Filhote
Água
doce
grelhado grelhado posta
refogado
sem adição de óleo
filé
com adição de óleo
com adição de azeite refinado
com adição de azeite extra-virgem
com adição de manteiga
Truta
Água
doce
grelhado grelhado posta
refogado
sem adição de óleo
filé
com adição de óleo
com adição de azeite refinado
com adição de azeite extra-virgem
com adição de manteiga
Namorado
Costa
grelhado grelhado posta
frito
em óleo de soja
em azeite refinado  filé
em azeite extra-virgem
Badejo
Alto
mar
grelhado grelhado posta
refogado
sem adição de óleo
filé
com adição de óleo
com adição de azeite refinado
com adição de azeite extra-virgem
com adição de manteiga
frito
em óleo de soja
em azeite refinado  filé
em azeite extra-virgem8
Tabela 1 – Amostras analisadas (continuação)
Peixe Tipo  Preparo Corte
Robalo
Costa
grelhado grelhado posta
refogado
sem adição de óleo
filé
com adição de óleo
com adição de azeite refinado
com adição de azeite extra-virgem
com adição de manteiga
frito
em óleo de soja
em azeite refinado  filé
em azeite extra-virgem
Cherne
Alto
mar
grelhado grelhado posta
refogado
com adição de óleo
filé
com adição de azeite refinado
com adição de azeite extra-virgem
com adição de manteiga
frito
em óleo de soja
em azeite refinado  filé
em azeite extra-virgem
Pescadinha
Costa
grelhado grelhado posta
frito
em óleo de soja
em azeite refinado  filé
em azeite extra-virgem
Sardinha
Costa
grelhado grelhado posta
frito
em óleo de soja
em azeite refinado  filé
em azeite extra-virgem9
6. ENSAIOS REALIZADOS
De modo a facilitar a  compreensão dos ensaios, segue uma breve descrição  dos nutrientes que
foram analisados.
Lipídios: São substâncias de natureza química e fisiológica bem distintas, freqüentemente
encontrados na natureza, tanto em vegetais como em animais. Compreendem as gorduras, óleos e ceras
naturais.
Por causa da origem da gordura em nossa alimentação,  costumamos classificá-las em  gordura
animal e gordura vegetal. Um exemplo de gordura animal é a manteiga, e um de gordura vegetal, o azeite
de oliva. Ressalta-se que grande parte das fontes de gorduras animais também são fontes de proteínas.
A principal diferença entre as gorduras animais e vegetais é que as gorduras vegetais são
predominantemente insaturadas e as animais saturadas. O que determina se as gorduras são saturadas ou
insaturadas é a maior ou menor presença de ácidos graxos saturados ou insaturados na sua composição.
Além disso, as gorduras vegetais não possuem colesterol, que só  existe nas gorduras de origem
animal. Cabe destacar que as gorduras insaturadas, além de fornecerem os ácidos graxos essenciais,
quando consumidas adequadamente,  podem até contribuir para regularizar as taxas de colesterol
sangüíneo.
Colesterol: O colesterol pertence à família dos lipídios esteróides e é essencial a vida, possuindo
importante papel na biosíntese de vários hormônios (cortisol, aldosterona, testosterona, progesterona,
estradiol), dos sais biliares e da vitamina D, além de fazer parte da estrutura das membranas celulares.
Porém, o seu excesso no sangue é resultado de maus hábitos alimentares,  oriundos  principalmente  da
ingestão de alimentos ricos em gorduras saturadas, geralmente de origem animal, potencializando o risco
de uma pessoa desenvolver doenças cardiovasculares.
Ácidos graxos: Os ácidos graxos são  os componentes principais dos lipídios, compõem os
triglicerídeos e são formados por cadeias de átomos de carbono que se ligam a átomos de hidrogênio com
um radical ácido em uma de suas extremidades.
Os ácidos graxos podem se apresentar na forma saturada (carbonos com ligações simples) ou                    
não-saturada (carbonos com uma ou mais ligações duplas).  No caso de apenas uma dupla ligação na
cadeia, o ácido graxo é denominado monoinsaturado, no caso de duas ou mais ligações, denomina-se
poliinsaturado.
           Os ácidos graxos utilizados como fonte de energia para o funcionamento do nosso corpo são
oriundos da nossa alimentação. Estima-se que cerca de 40% do total de nossa necessidade diária de ácidos
graxos são obtidos através da dieta alimentar.
A seguir, encontram-se descritos os ensaios que visam determinar, nas amostras de  peixes, a
fração de lipídios, a composição de ácidos graxos e o colesterol, respectivamente.
1. Extração da fração lipídica
O primeiro ensaio consiste na determinação do teor de lipídios totais nas amostras de  peixes. Os
lipídios extraídos são utilizados para a determinação da composição em ácidos graxos. 10
2. Análise da composição em ácidos graxos da fração lipídica extraída dos peixes
O segundo ensaio tem como objetivo determinar a composição em ácidos graxos da fração lipídica
extraída das amostras de peixes.
A técnica empregada  para quantificar os ácidos graxos é a cromatografia gasosa, que utiliza um
equipamento chamado “Cromatógrafo Gasoso” e consiste na separação e posterior quantificação do teor
desses ácidos graxos que compõem a amostra.
A  amostra é preparada,  seguindo metodologia de esterificação e é injetada no cromatógrafo. O
tempo de passagem pelo aparelho determina a identidade da substância que  está sendo liberada. Os
resultados fornecem um gráfico (cromatograma) que apresenta, comparativamente,  a quantidade de cada
ácido graxo identificado.
3. Análise de colesterol em peixes
O último ensaio tem como objetivo determinar  o teor de colesterol  nas amostras de  peixes.
Inicialmente é feita uma extração desse nutriente e em seguida procede-se à determinação do teor de
colesterol utilizando a técnica de cromatografia gasosa.
7. RESULTADO GERAL
A tabela 2 apresenta os resultados obtidos para os diversos tipos de peixes, em seus diversos tipos
de preparo.11
Tabela 2 – Resultado Geral
Peixe Corte Tipo  Forma de preparo Lipídios Colesterol Saturados Monoinsaturados
Poliinsaturados
Ômega 3 Ômega 6
Badejo
filé frito
em óleo de soja 3,17 69,95 0,73 0,89 0,17 1,17
em azeite refinado 4,41 74,91 0,75 3,19 0,05 0,22
em azeite extra-virgem 4,10 66,43 0,72 2,81 0,08 0,28
posta grelhado grelhado 1,17 69,99 0.70 0,37 < 0,01 0,02
filé refogado
sem adição de óleo 0,65 63,05 0,38 0,23 < 0,01 0,01
com adição de óleo 0,74 43,89 0,38 0,26 < 0,01 0,07
com adição de azeite refinado 1,25 53,19 0,36 0,75 0,01 0,04
com adição de azeite extra-virgem 0,93 60,12 0,34 0,50 < 0,01 0,02
com adição de manteiga sem sal 1,30 54,97 0,82 0,34 < 0,01 0,01
Cherne
filé frito
em óleo de soja 5,07 85,30 1,10 1,60 0,39 1,58
em azeite refinado 6,73 93,79 1,16 4,39 0,38 0,41
em azeite extra-virgem 7,25 95,18 1,41 3,95 0,53 0,92
posta grelhado grelhado 5,17 107,45 1,56 2,50 0,28 0,17
filé refogado
com adição de óleo 4,03 88,28 1,20 1,78 0,27 0,46
com adição de azeite refinado 4,27 87,25 1,38 2,48 < 0,01 0,17
com adição de azeite extra-virgem 4,69 78,38 1,36 2,50 0,12 0,31
com adição de manteiga sem sal 8,36 88,97 2,98 3,66 0,27 0,18
Filhote
posta grelhado grelhado 10,93 94,31 4,53 3,73 0,38 1,46
filé refogado
sem adição de óleo 11,77 83,42 4,80 4,07 0,39 1,60
com adição de óleo 12,10 69,93 5,23 4,20 0,30 1,64
com adição de azeite refinado 13,15 77,52 5,49 4,81 0,33 1,55
com adição de azeite extra-virgem 10,67 74,27 4,41 4,14 0,28 1,09
com adição de manteiga sem sal 8,25 69,38 3,86 2,86 0,20 0,69
Namorado
posta grelhado grelhado 1,60 73,50 0,71 0,63 0,04 0,05
filé frito
em óleo de soja 5,64 76,27 1,33 1,71 0,40 1,77
em azeite refinado 5,40 76,91 1,03 3,35 0,37 0,30
em azeite extra-virgem 6,48 78,66 1,27 3,49 0,44 0,87
Pescadinha
posta grelhado grelhado 10,16 84,91 2,20 5,98 0,90 0,36
filé frito
em óleo de soja 16,37 93,67 2,64 5,42 1,86 5,40
em azeite refinado 15,31 92,17 2,65 10,43 0,65 0,69
em azeite extra-virgem 16,72 99,58 2,63 9,62 1,28 2,3312
Tabela 2 – Resultado Geral (continuação)
Peixe Corte Tipo  Forma de preparo Lipídios Colesterol Saturados Monoinsaturados
Poliinsaturados
Ômega 3 Ômega 6
Pirarucu
posta grelhado grelhado 3,50 88,12 1,77 1,21 0,03 0,15
filé refogado
sem adição de óleo de soja 3,96 101,9 2,07 1,32 0,02 0,09
com adição de óleo 11,10 133,87 4,49 3,46 0,39 1,10
com adição de azeite refinado  4,05 72,97 1,73 1,69 0,04 0,18
com adição de azeite extra-virgem 12,67 144,80 5,12 4,38 0,56 1,07
Robalo
posta grelhado grelhado 1,13 73,76 0,69 0,34 < 0,01 0,02
filé frito
em óleo de soja 6,92 90,87 1,49 1,88 0,34 2,71
em azeite refinado  6,87 83,99 1,59 4,59 0,03 0,25
em azeite extra-virgem 5,78 76,96 1,11 3,85 0,12 0,38
filé refogado
sem adição de óleo 1,78 68,13 1,02 0,59 0,01 0,02
com adição de óleo 1,87 70,79 0,94 0,65 < 0,01 0,19
com adição de azeite refinado  1,92 72,00 0,83 0,91 < 0,01 0,03
com adição de azeite extra-virgem 2,21 67,53 0,90 1,08 < 0,01 0,07
com adição de manteiga sem sal 1,88 86,74 1,24 0,53 < 0,01 0,01
Sardinha
posta grelhado grelhado 2,72 86,05 1,85 0,60 < 0,01 0,02
filé frito
em óleo de soja 16,57 81,17 3,31 3,95 1,48 6,77
em azeite refinado  14,79 76,13 2,71 9,65 0,82 0,85
em azeite extra-virgem 17,12 92,35 3,11 8,74 1,43 2,95
Truta
posta grelhado grelhado 8,86 86,82 2,58 4,03 0,16 1,44
filé refogado
sem adição de óleo 7,56 80,86 2,33 3,44 0,12 1,14
com adição de óleo 7,26 68,58 2,21 3,55 < 0,01 1,13
com adição de azeite refinado  7,81 83,43 2,33 3,85 0,07 1,02
com adição de azeite extra-virgem 7,57 77,50 2,08 3,70 0,13 1,16
com adição de manteiga sem sal 9,23 81,25 2,95 4,11 0,15 1,3513
8. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Para avaliar os resultados, tomamos como base as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, tendo como parâmetro
uma dieta de 2.000 kcal
8
 Sendo assim, é recomendável uma ingestão de até 55g de lipídios por dia, sendo menos de 22g de saturados e colesterol total .
de até 300mg.
Ao comparar os diferentes tipos de peixe e modos de preparo, observamos que:
a) Lipídios (gorduras totais) – Fazendo uma comparação pelos tipos de peixe e tomando como base o modo grelhado, que foi realizado para
todos os peixes, observou-se que os peixes Filhote e Pescadinha foram os que apresentaram maior teor de lipídios, ou seja, são os peixes mais
gordurosos. Por outro lado, os peixes Badejo e Robalo foram os que apresentaram o menor teor de lipídios, sendo, conseqüentemente, menos
gordurosos.
Ao compararmos os peixes mais e menos gordurosos, observamos uma diferença de, aproximadamente  900% (novecentos por cento)
relacionada ao teor de lipídios. Nesse caso, vale optar pelo peixe menos gorduroso, já que a diferença é substancial dentro de um mesmo
preparo.
Já com relação ao modo de preparo, observa-se que fritar em óleo de soja ou azeite extra-virgem não altera significativamente o teor de lipídios,
com isso o consumidor pode optar pelo produto de sua preferência.
Por fim, em relação ao modo de preparo refogado, observou-se  que preparar o peixe refogado sem adição de óleo é uma boa opção para o
preparo do Pirarucu, pois há um aumento de 180% (cento e oitenta por cento) no teor de lipídios quando o preparo é feito com a adição de óleo.
O modo refogado com manteiga também apresentou alto índice de lipídios para alguns peixes como a Truta e o Cherne.
Se considerarmos a ingestão diária de 55g de lipídios recomendada pela Anvisa, vale à pena o consumidor optar por peixes mais magros como
o Badejo, o Namorado e o Robalo, evitando a  Sardinha e a Pescadinha frita em óleo  de soja, pois ao consumir 300g desses peixes, o
consumidor chega a 90% do consumo recomendado, conforme ilustra o gráfico 1 abaixo.
                                              
8
  Anvisa - Resolução - RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 – Disponível em 1415
b) Colesterol – O colesterol pertence à família dos lipídios esteróides e é essencial a vida, possuindo importante papel na biosíntese de vários
hormônios (cortisol, aldosterona, testosterona, progesterona e estradiol), dos sais biliares e da vitamina D, além de fazer parte da estrutura das
membranas celulares. Porém, o seu excesso no sangue é resultado de maus hábitos alimentares, oriundos principalmente da ingestão de
alimentos ricos em gorduras saturadas, geralmente de origem animal, potencializando o risco de uma pessoa desenvolver doenças
cardiovasculares.
No que tange ao teor de colesterol, comparando os diversos tipos de peixe na versão grelhada, o Badejo, seguido do Namorado, foram os peixes
que apresentaram os menores teores de colesterol, sendo  35% (trinta e cinco por  cento) e  32% (trinta e dois por cento) menores do que o
Cherne, respectivamente.
Já o Pirarucu apresentou o maior teor de colesterol quando refogado em azeite extra-virgem e óleo, ou seja, ao comer 300g de  Pirarucu
refogado em azeite, o consumidor estará no limite da sua cota máxima diária.16
c) Gordura saturada – No que diz respeito ao teor de gordura saturada, para o modo de preparo grelhado, os peixes que apresentaram maiores
teores foram o Filhote, a Truta e a Pescadinha. O Badejo novamente foi o peixe que apresentou o menor teor.
No modo de preparo refogado, o  Pirarucu apresentou maior teor de gordura saturada quando preparado com adição de azeite extra-virgem,
sendo, aproximadamente, 1400% (mil e quatrocentos por cento) maior do que o Badejo preparado no mesmo modo.
Já na forma de preparo frito, não houve diferença significativa quando utilizou-se óleo de soja, azeite refinado e azeite extra-virgem.
Cabe destacar que o Cherne, quando refogado com manteiga, apresentou um teor de gordura saturada significativamente maior do que quando
preparado de outros modos. Assim, não é recomendado o preparo desse peixe na manteiga.17
d) Monoinsaturados – Gorduras monoinsaturadas são gorduras que contém apenas uma dupla ligação de carbono. Normalmente encontradas em
alimentos como o azeite de oliva, o óleo de canola, as azeitonas, a avelã, a amêndoa e o abacate, são responsáveis por fornecer energia ao corpo
e por ajudarem a diminuir o LDL, o colesterol ruim.
Para os monoinsaturados, observou-se novamente que os peixes Truta, Filhote e Pescadinha são os que apresentam maior teor de
monoinsaturados. Já o Robalo e o Badejo apresentaram os menores teores.
Para os peixes fritos em azeite refinado e extra-virgem, constatou-se que há um aumento no teor de monoinsaturados, sendo a Pescadinha a que
apresentou maior teor.18
e) Ômega 3 e Ômega 6 - O Ômega 3 e o Ômega 6 são ácidos graxos poliinsaturados essenciais, ou seja, apesar de não  serem produzidos pelo
organismo, são essenciais ao bom funcionamento de vários órgãos, devendo ser ingeridos por meio de alimentos específicos e/ou complementos
nutricionais.
Quando os peixes foram preparados no modo grelhado, observou-se que a Pescadinha  apresentou  o  maior  teor de  Ômega 3. No entanto, a
Pescadinha também apresentou um dos maiores teores de lipídios. Sendo assim, seu consumo deve ser controlado.
Comparando o teor de Ômega 3 com o teor de saturados, no modo grelhado, a melhor escolha seria o Namorado, pois apresenta um dos menores
teores de saturados e um bom teor de Ômega 3.
Os peixes de água doce como o Filhote, o Pirarucu e a Truta apresentaram o maior teor de saturados e colesterol quando preparados no modo
grelhado e um teor de Ômega 3 não tão atraente. Dessa forma, o consumo desses peixes deve ser controlado.
Ao comparar o teor de Ômega 6 com o teor de saturados, observa-se que o Cherne e o Namorado são as melhores opções, já que representam
um equilíbrio entre baixo teor de saturados e um bom teor de Ômega 6.
     19
Relação entre o Ômega 6 e o Ômega 3 (ω6/ω3)
Estudos médicos sinalizam que o consumo adequado de ácidos graxos Ômega 3 e Ômega 6 têm apresentado comprovados benefícios à saúde,
contribuindo para a prevenção de doenças inflamatórias, depressão, esquizofrenia, demência da função cerebral, prevenção de câncer, hiper
lipidemia, entre outros. Já em termos nutricionais, um dos indicadores que tem sido utilizado como referência para a manutenção de um corpo
saudável (considerando o consumo de óleos e gorduras) é a relação ω6/ω3 presente na fração lipídica dos alimentos. O valor ideal mencionado
está entre 2:1 a 5:1 (RUSSO, 2009)
9
 .
Nas dietas ocidentais essa relação tem se mostrado bem diferente, chegando a valores entre 20:1 a 50:1, devido basicamente ao maior consumo
de óleos vegetais ricos em ácido linoléico (LA) e menor consumo de peixes ou outros alimentos ricos em Ômega 3 (SIMOPOULOS, 2002)
10
 .
                                              
9
RUSSO, Gian Luigi. Dietary n S 6 and n S 3 Polyunsaturated Fatty Acids: From Biochemistry to Clinical Implications in Cardiovascular Prevention,2008, Elsevier Inc.
10
SIMOPOULOS, A. P. The Importance of the Ratio of Omega-6/Omega-3 Essential Fatty Acids. Éditions Scientifiques et Médicales Elsevier SAS, 2002.20
O gráfico abaixo apresenta a relação entre Ômega 6 e Ômega 3 dos peixes analisados.
Pelo gráfico, podemos concluir que os peixes mais indicados para o consumo, considerando que a relação entre o Ômega 6 e o Ômega 3 deve
estar entre 2 e 5 são os seguintes:
 Badejo: frito em azeite refinado e extra-virgem, grelhado, refogado com adição de azeite refinado e com adição de azeite extra-virgem;
 Cherne: frito em óleo de soja e refogado com adição de azeite extra-virgem;
 Filhote: grelhado, refogado sem adição de óleo, com adição de azeite refinado, com adição de azeite extra-virgem e com adição de
manteiga sem sal;
 Namorado: frito em óleo de soja;
 Pescadinha: frito em óleo de soja;
 Pirarucu: grelhado; refogado com e sem adição de óleo, refogado com adição de azeite refinado;
 Robalo: frito em azeite extra-virgem, grelhado, refogado sem adição de óleo e com adição de azeite refinado;
 Sardinha: frita em óleo de soja e em azeite extra-virgem, grelhada.
                                                                                                                                                                                                                                          2121
Visando facilitar a compreensão dos resultados encontrados na análise, foi realizada uma
classificação que levou em consideração o teor de colesterol, de gordura saturada e a relação entre o
Ômega 6 e o Ômega 3 dos peixes analisados.
Os peixes, em seus diferentes preparos, foram classificados quanto à ingestão como:
recomendada, moderada e eventual.
O critério adotado para tal classificação foi o seguinte:
Ingestão recomendada:
 baixo teor de gordura saturada ≤ 2g/100g
11
(peso 3);
 baixo teor de colesterol ≤ 75mg/100g (peso 2)
12
;
 relação ω6/ω3 de 2 a 5 (peso 1).
Ingestão moderada:
 teor de gordura saturada  > 2g/100g e ≤ 4g/100g (peso 3);
 teor de colesterol >75mg/100g e ≤ que 93,75mg/100g (peso 2);
 relação ω6/ω3 com resultados > 5 (peso 1).
Ingestão eventual:
 teor de gordura saturada > 4g/100g
13
(peso 3);
 teor de colesterol > 93,75mg/100g (peso 2);
 relação ω6/ω3 > 7.
Obs: É importante ressaltar que essa classificação não determina os peixes que devem ser
consumidos ou não, servindo apenas como um instrumento facilitador da compreensão dos
resultados encontrados na análise.
                                              
11
Foi considerado como baixo, para a gordura saturada,  o valor  igual ou menor que 2g/100g,  de acordo com a Portaria nº 27, de 13 de
janeiro de 1998, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.
12
Foi considerado como baixo, para o colesterol,  o valor  igual ou menor que 75mg/100g, tomando como base 25% da ingestão máxima
diária dessa substância. 23
Ingestão de Peixes
Badejo refogado com adição de óleo
Badejo refogado com adição de azeite refinado
Badejo refogado com adição de manteiga sem sal
Badejo refogado com adição de azeite extra-virgem
Badejo refogado sem adição de óleo
Badejo frito em azeite extra-virgem
Robalo refogado sem adição de óleo
Badejo grelhado
Robalo refogado com adição de azeite extra-virgem
Badejo frito em óleo de soja
Robalo refogado com adição de azeite refinado
Namorado grelhado
Robalo grelhado
Filhote refogado com adição de manteiga sem sal
Pirarucu refogado com adição de azeite refinado
Badejo frito em azeite refinado
Namorado frito em azeite refinado
Robalo frito em azeite extra-virgem
Namorado frito em óleo de soja
Filhote refogado com adição de óleo
Sardinha frito em azeite refinado
Namorado frito em azeite extra-virgem
Robalo refogado com adição de óleo
Cherne refogado com adição de azeite extra-virgem
Filhote refogado com adição de azeite extra-virgem
Truta refogado com adição de azeite extra-virgem
Filhote refogado com adição de azeite refinado
Pescadinha grelhado
Sardinha frito em óleo de soja
Cherne frito em óleo de soja
Robalo refogado com adição de manteiga
Truta refogado sem adição de óleo
Sardinha grelhado
Truta refogado com adição de manteiga sem sal
Robalo frito em azeite refinado
Cherne refogado com adição de óleo
Filhote refogado sem adição de óleo
Pirarucu grelhado
Cherne refogado com adição de manteiga sem sal
Truta refogado com adição de azeite refinado
Truta grelhado
Cherne frito em azeite refinado
Pescadinha frito em azeite refinado
Robalo frito em óleo de soja
Cherne refogado com adição de azeite refinado
Sardinha frito em azeite extra-virgem
Cherne frito em azeite extra-virgem
Pescadinha frito em óleo de soja
Filhote grelhado
Pescadinha frito em azeite extra-virgem
Pirarucu refogado sem adição de óleo
Cherne grelhado
Truta refogado com adição de óleo
Pirarucu refogado com adição de óleo
Pirarucu refogado com adição de azeite extra- virgem24
9. INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR
O consumo de peixes aumenta muito na Semana Santa. Assim, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária  - Anvisa elaborou uma cartilha contendo dicas para facilitar a escolha de alimentos mais
consumidos nessa época do ano. Para ler a cartilha na íntegra, acesse
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/alimentos/index.htm.
Os pescados e a alimentação saudável
Peixe fresco
 Estar livre de: contaminantes físicos (areia, pedaços de metais, plásticos e/ou poeira),
químicos (combustíveis, sabão e/ou detergentes) e biológicos (bactérias, vírus e/ou moscas).
 Aparência: ausência de manchas, furos ou cortes na superfície.
 Escamas: bem firmes e resistentes. Devem estar translúcidas (parcialmente transparentes) e
brilhantes.
 Pele: úmida, tensa e bem aderida.
 Olhos: devem ocupar toda a cavidade, ser brilhantes e salientes, sem a presença de pontos
brancos ao centro do olho.
 Membrana que reveste a guelra (opérculo): rígida, deve oferecer resistência à sua
abertura. A face interna deve estar brilhante e os vasos sanguíneos, cheios e fixos.
 Brânquias: de cor rosa ao vermelho intenso, úmidas e brilhantes, ausência ou discreta
presença de muco (líquido pastoso).
 Abdômen: aderidos aos ossos fortemente e de elasticidade marcante.
 Odor, sabor e cor: característicos da espécie que se trata.
 Conservação: deve ser mantido sob refrigeração ou sobre uma espessa camada de gelo.
Peixe congelado
 Conservação: verifique se o produto está armazenado na temperatura de conservação
informada pelo fabricante na embalagem. Os produtos não podem estar amolecidos ou com
acúmulo de líquidos, sinal de que passaram por um processo de descongelamento. A
presença de gelo ou muita água indica que o balcão foi desligado ou teve sua temperatura
diminuída temporariamente.
Peixe salgado seco
      No Brasil é reconhecido como bacalhau todo o peixe salgado e seco. Existem no mercado
nacional espécies de peixe diferentes:  Gadus morhua (Cod) e Gadus macrocephalus, que são
reconhecidas como bacalhau legítimo, e Saithe, Ling e Zarbo.
Na hora de comprar o bacalhau é preciso estar atento a algumas dicas:
 O produto deve ser armazenado em local limpo, protegido de poeira e insetos;
 Verifique se não há a presença de mofo, ovos ou larvas de moscas, manchas escuras ou
avermelhadas, limosidade superficial, amolecimento e odor desagradável, que indicam que o
produto não está bom para consumo; 25
 Quando vendido embalado, deve apresentar no rótulo a denominação de venda, data de
validade, país de origem, prazo de validade, selo de inspeção federal e outras informações
obrigatórias;
 Outras informações  sobre o tema podem ser consultadas no endereço:
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/informes/cartilha_bacalhau.pdf.
Crustáceos
 Devem ter aspecto geral brilhante, úmido; corpo em curvatura natural, rígida, patas firmes e
resistentes; pernas inteiras e firmes; carapaça bem aderente ao corpo; coloração própria à
espécie, sem qualquer pigmentação estranha; não apresentar coloração alaranjada ou negra
na carapaça e apresentar olhos vivos, destacados, cheiro próprio e suave.
Caranguejos e siris
 Devem estar vivos e vigorosos; possuir cheiro próprio e suave; aspecto geral brilhante,
úmido; corpo em curvatura natural, rígida, patas firmes e resistentes; pernas inteiras e
firmes; carapaça bem aderente ao corpo; coloração própria à espécie, sem qualquer
pigmentação estranha e devem apresentar olhos vivos, destacados.
Mariscos
 Devem ser expostos à venda vivos, com valvas fechadas e com retenção de água incolor e
límpida nas conchas; apresentar cheiro agradável e pronunciado; ter a carne úmida, bem
aderente à concha, de aspecto esponjoso, de cor acinzentada-clara nas ostras e amarelada
nos mexilhões.
Polvos, lula
 Devem ter a pele lisa e úmida; olhos vivos e salientes; carne consistente e elástica; cheiro
próprio (levemente adocicado); e ausência de qualquer pigmentação estranha à espécie.                            
As proteínas presentes em alimentos de origem animal são completas, por conterem todos os
aminoácidos essenciais que os seres humanos necessitam para o crescimento e a manutenção do corpo,
mas que o organismo não é capaz de produzir. Assim, os alimentos de origem animal, tais como os
pescados, as aves e as carnes, são excelentes fontes protéicas e de outros nutrientes (Guia  Alimentar
para a População Brasileira – Ministério da Saúde, 2006).
Além dos pescados serem fontes naturais de proteínas para o organismo, eles fornecem outros
nutrientes importantes para os seres humanos, como vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais.
Os principais minerais encontrados nos pescados são: zinco, fósforo, ferro, cálcio e iodo (no caso
de pescados de origem marinha). Ainda, os peixes são importantes fontes de vitaminas do complexo B
(como a tiamina, a niacina e a vitamina B12).
Além disso, os peixes são ricos em ácidos graxos poliinsaturados, um tipo de gordura considerada
saudável. Dentre os ácidos graxos poliinsaturados, destaca-se o Ômega 3, encontrado principalmente
em peixes de águas profundas e frias, como salmão, sardinha, cavala, arenque e atum.
Por todos esses motivos os peixes são considerados alimentos saudáveis e, dessa forma, devem
estar presentes na alimentação. 26
Algumas medidas devem ser tomadas no momento do preparo ou do consumo dos pescados, a fim
de melhorar a qualidade nutricional desses alimentos:
 Dar preferência a peixes assados, cozidos ou grelhados. Evitar consumir peixes fritos, que
possuem alto teor energético e de gorduras;
 Retirar o couro do peixe antes de consumí-lo. A gordura saudável presente nos peixes está
concentrada principalmente em sua carne e não em seu couro;
 Utilizar temperos naturais para preparar peixes, tais como cebolinha, cebola, alho, orégano,
manjericão, manjerona, cominho, noz-moscada, louro, etc. Deve-se evitar o consumo excessivo de
sal e de temperos industrializados. No caso de pescados que já venham salgados, é necessário
dessalgá-los adequadamente para evitar que o teor de sódio no alimento fique alto.
10. POSICIONAMENTO DO ESPECIALISTA
Nessa análise, contamos com o apoio do Professor Dr. em Cardiologia Carlos Scherr, que após
analisar os resultados encontrados na análise nos forneceu o seguinte parecer:
“Foram analisados 9 tipos diferentes de peixes, sendo 4 da costa, 2 de alto mar e 3 de água doce.
A estratégia inicial é analisar o conteúdo de gorduras de todas as espécies sob o preparo na forma
grelhada.
Quando se agrupa os do mesmo habitat, verifica-se uma grande variabilidade do conteúdo de
gorduras, sendo difícil avaliá-los em conjunto. Como exemplo, os de alto mar têm colesterol médio
83,7mg, mas o Cherne apresenta níveis bem mais altos de 107,45mg (o mais alto de todos os analisados),
enquanto  que o Badejo têm 69,99mg e  é exatamente este que apresenta o menor teor de colesterol de
todos os analisados.
Em relação à gordura saturada, o grupo que apresentou  os  maiores teores foi o dos de água
doce, encabeçado pelo Filhote, seguido pela Truta e finalmente com níveis bem mais baixos o Pirarucu.
Logo após estes veio a Pescadinha.
Analisando-se a relação poliinsaturada/saturada, o grupo de água doce surpreende com a melhor
relação, principalmente no caso da  Truta e do  Filhote, pela quantidade maior de poliinsaturados,
compensando os números mais altos de saturados. Esta relação foi pior nos peixes de alto mar. Além
disto, o  Filhote foi um dos que com maiores teores de  ômega 3, tendo sido só suplantado pela
Pescadinha, que também apresenta uma das melhores relações poli/saturada.
Na avaliação por grupo, os peixes de água doce são os que apresentam as melhores relações
ômega6/ômega3.
Quando se avalia o modo de preparo de cada tipo, o Badejo tem sua melhor preparação refogado
com óleo ou azeite e a pior frito ou refogado com manteiga, o Cherne melhor refogado com azeite extravirgem e pior refogado com manteiga,  Filhote melhor refogado com extra- virgem ou com manteiga e
pior com azeite refinado, Namorado melhor grelhado e pior frito, Pescadinha melhor grelhado e pior
frito com azeite extra virgem,  Pirarucu melhor refogado no azeite refinado e pior no extra virgem,
Robalo melhor grelhado e pior frito no óleo,  Sardinha melhor grelhado e pior frita no óleo, e a  Truta
melhor refogada no extra virgem e pior refogada na manteiga. Portanto, o modo de preparo grelhado e o
refogado com azeite são os mais aconselháveis e as menos aconselháveis são as formas frita e refogado
com adição de manteiga.
Numa avaliação geral, os peixes de água doce, apesar do maior teor de gordura saturada, são os
que apresentam as melhores relações poli/saturada e omega6/3.
Alem destes, os peixes Badejo, Namorado, Robalo e Pescadinha, nesta ordem, aparecem como as
melhores opções de água salgada e com menor teor de gordura saturada que os de água doce.
Deve-se deixar claro que todos os peixes analisados têm características boas para integrar um
cardápio saudável para o aparelho cardiovascular”.27
11. AGRADECIMENTOS
 Peixaria Maria Angelina Dos Santos Pescados
Rua Pedro Cristi nº 89 box 69/70 Mercado Municipal de Pinheiros. – Pinheiros, São Paulo - SP
CEP: 05421-040
Telefone (11) 3031-3837
 IPEM/SP
Rua Santa Cruz, nº 1.922, 7º andar - Vila Gumercindo, São Paulo/SP
Telefone: (11) 3581-2002 / 3581-2003 – Site: http://www.ipem.sp.gov.br/
Ouvidoria: 08000130522
12. CONTATOS ÚTEIS
 Inmetro: http://www.inmetro.gov.br
Ouvidoria do Inmetro: 0800-285-1818 ou ouvidoria@inmetro.gov.br
Sugestão de produtos para análise: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/formContato.asp
 Acidente de consumo: Relate o seu caso no endereço apresentado a seguir:
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/acidente_consumo.asp
Esse link disponibilizado no sítio do Inmetro é um dos meios que o Projeto Sistema de
Monitoramento de Acidentes de Consumo utiliza para captar informações sobre Acidentes de
consumo.
 Portal do Consumidor: www.portaldoconsumidor.gov.br
O Portal do Consumidor é um site de busca para os consumidores, reunindo em um único ponto uma
ampla quantidade de informações com acesso direto para as páginas de parceiros cadastrados.
 Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa: www.anvisa.gov.br
 Ministério da Saúde: www.saude.gov.br e http://nutricao.saude.gov.br/publicacoes.php
 Ministério da Pesca e Aqüicultura – www.mpa.gov.br
13. CONCLUSÕES
De acordo com os resultados encontrados na análise,  observa-se que a forma de preparo dos
peixes influencia diretamente no seu teor de gordura e colesterol.
Os resultados encontrados  demonstraram que os modos de preparo grelhado e refogado sem
adição de óleo são os mais recomendados, pois apresentaram menor teor de saturados.
A ingestão de peixes de água doce como o Filhote, a Truta e o Pirarucu deve ser eventual, já que
esse tipo de peixe apresentou maior teor  de saturados. Com relação ao teor de colesterol, os peixes que
apresentaram um maior teor foram o Cherne e o Filhote no modo grelhado e, por isso, sua ingestão de
forma habitual deve ser restringida.
Com relação aos ácidos graxos essenciais  Ômega 3 e  Ômega 6, os resultados encontrados
ratificaram a necessidade de equilíbrio entre o alto teor de ômega 3 e o baixo teor de saturados. Além
disso, estudos nutricionais recentes enfatizam que a relação entre o  ômega 6 e o ômega 3   deve estar 28
presente na fração lipídica dos alimentos como referência para um corpo saudável, considerando o
consumo de óleos e gorduras, na proporção entre 2:1 e 5:1.
Ressalta-se que a ingestão de peixe é benéfica à saúde, pois sua carne é rica em vitaminas,
minerais e ácidos graxos essenciais que reduzem o risco de doenças cardíacas e que a escolha do modo de
preparo é fundamental para a manutenção dos benefícios desse alimento.
Diante dos resultados apresentados, o Inmetro enviará o relatório dessa análise aos Ministérios da
Saúde - MS e da Pesca e Aqüicultura - MPA, a fim de fomentar uma discussão que possa contribuir para
o desenvolvimento de políticas públicas preventivas voltadas à saúde e à reeducação alimentar dos
brasileiros, pois alimentar-se bem  ainda  é a  maneira mais simples de cuidar da saúde e favorecer uma
melhor qualidade de vida.
Rio de Janeiro,      de abril de 2011.
    
ROSE MADURO                                              JULIANA AZEVEDO DE SOUZA                                
Responsável pela Análise                                                       Responsável pela Análise
             ISABELA ALVES                                 MARCELO DO PRADO MAIA MACIEL
          Responsável pela Análise                                                           Responsável pela Análise
LUIZ CARLOS MONTEIRO
Gerente da Divisão de Orientação e Incentivo à Qualidade
ALFREDO LOBO
Diretor da Qualidade

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

tilapia,piscicultura,venda de peixes,peixe vivo,tanque-rede,tilapia viva,usina,piscicultura em tanq: Moqueca de Tilápia

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Moqueca de Tilápia


MOQUECA DE TILÁPIA
INGREDIENTES
1 kilo de filés de tilápia (aproximadamente 8 filés)
Sal
Pimenta do Reino
Limão
1 pimentão verde cortado em finas fatias.
1 cebola média cortada em finas fatias
2 tomates maduros cortados em finas fatias
1/2 kilo de camarão 7 barbas limpo.
Azeite de oliva
PREPARO
Tempere os filés e o camarão com sal, pimenta e limão e deixe descansar por 15 minutos.
Em uma panela de barro, coloque duas colheres de sopa de azeite e cubra com a cebola, os tomates e o pimentão, nesta ordem, formando camadas.
Cubra tudo com os filés e leve ao fogo brando, deixando cozinhar por 15 minutos.
Acrescente os camarões e, se quiser, algumas gotas de pimenta. Deixe cozinhar por mais 15 minutos.
Sirva com arroz branco e farinha de mandioca amarela.
Rendimento: 4 porções

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Receita de Pamonha recheada com Tilápia